Biofortificação de uva em zinco para produção de vinho branco e tinto (GO)

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Identificação do problema ou oportunidade que se propõe abordar:

A uva, embora forneça apenas 70cal/100g, possui essencialmente glucose, frutose e fibras dietéticas, sendo ainda uma excelente fonte de vitaminas (C,K,B,E) e elementos minerais, nomeadamente zinco. Apontam-se ainda algumas características profilácticas da uva, nomeadamente, benefícios face a doenças cardíacas, cancro e doença Alzheimer. O vinho é uma bebida obtida exclusivamente a partir da fermentação alcoólica do mosto da uva. Embora o vinho não constitua um alimento completo, o seu consumo moderado é benéfico para a saúde do consumidor, e participa na dieta da população portuguesa (com um consumo de cerca de 42 L per capita). Entre os efeitos favoráveis, quando consumido moderadamente, destaca-se: o efeito protetor contra os problemas cardiovasculares; a capacidade de favorecer a síntese em maior quantidade do bom colesterol (HDL); o carácter antioxidante; o efeito antimicrobiano, antiviral, diurético e eupéptico.

Paralelamente, o zinco detém um elevado potencial antioxidante, participando em processos de regulação enzimática, com benefícios reconhecidos face à dermatite atópica, distúrbios da próstata, gravidez, espermatogénese, alopécia, e osteopénia. Acompanhando a tendência internacional para biofortificação de bebidas alcoólicas (veja-se, por exemplo, J Agric Food Chem.2014 Jun 25;62(25):5948-53. doi: 10.1021/jf500793t), a produção de uva biofortificada em zinco também poderá constituir um produto alimentar funcional, passível de consumo directo, e portanto com características nutricionais e profilácticas para a saúde pública, ou em alternativa com potencial para transformação em vinho na indústria agro-alimentar.

Nesta operação pretende-se o desenvolvimento de tecnologia para produção de uva biofortificada em zinco, para consequente produção industrial de vinho branco e tinto com teores máximos permitidos pela OIV (5 mg dm-3), de acordo com os requisitos da Alta Segurança Alimentar e as directivas da União Europeia.


Objetivos visados:

Como não existe, em Portugal, uva biofortificada em zinco, neste projecto desenvolve-se um novo produto para introdução no mercado nacional e internacional, que implica a implementação de uma prática agrícola nova e adaptada às condições edafoclimáticas prevalecentes. Considerando os subsequentes indicadores de competitividade elevada descriminam-se os seguintes objectivos:

A. Ao nível da produção e transformação:

1. Otimização da resposta à biofortificação em zinco de 4 castas de videira (Fernão Pires, Moscatel, Castelão e Syrah), assegurando um elevado controlo de qualidade e considerando a interação entre os diferentes sistemas, nomeadamente as interações entre os genótipos de tomate e os tipos de adubação e momentos de aplicação.

2. Delineamento de um itinerário técnico para a produção agroindustrial de uva biofortificada em zinco destinada à vinificação.

3. Caracterização de alterações nutricionais associados à biofortificação em zinco da 4 castas de uva, considerando os requisitos industriais dos mercados-alvo, de acordo com os requisitos da Alta Segurança Alimentar e as diretivas da União Europeia para o sector.

B. A nível económico (unicamente relativo à produção de uva biofortificada / excluindo a transformação vinícola):

1º- Com a produção de de 4 castas (brancas- Fernão Pires e Moscatel; tintas - Castelão e Syrah), (produtividade média de 10000kg/ha), pode obter-se um preço médio para comercialização no produtor de 0,25-0,30€/kg (2500-3000€/ha).

2º- No âmbito da biofortificação, adoptando uma perspectiva minimalista, estima-se um acréscimo para comercialização de 0,05-0,10€/kg (logo 0,35-0,40€/kg e 3500- 4000€/ha), com despesas acrescidas em cerca de 500€/ha (adubação para biofortificação).

3º- Logo, com a produção de uva biofortificada para a produção de uva, o objectivo será a criação de um produto sem factores concorrenciais e com um acréscimo de rentabilidade média que face à comercialização actual será de 17 - 20%.

Globalmente assume-se ainda como objectivo mais geral o desenvolvimento de uma maior autonomia económica do sector, a par da adequação a condições edafoclimáticas.


Sumário do plano de ação:

A uva detém características profilácticas, nomeadamente, benefícios face a doenças cardíacas, cancro e doença Alzheimer. O vinho, quando consumido moderadamente, também: possui efeito protetor face a problemas cardiovasculares; favorece a síntese do bom colesterol (HDL); detém carácter antioxidante e efeito antimicrobiano, antiviral, diurético e eupéptico. A nível internacional já se reconhece que a produção de uva biofortificada em zinco constitui um produto alimentar funcional (participa em processos de regulação enzimática, com benefícios reconhecidos face à dermatite atópica, distúrbios da próstata, gravidez, espermatogénese, alopécia, e osteopénia), passível de consumo directo, ou com potencial para transformação em vinho.

Neste Programa desenvolve-se um novo itinerário técnico para 4 castas de uva, com elevados índices de comercialização nacional, para a biofortificação natural em zinco, com controlo de qualidade, e visando a optimização da produção e transformação vinícola.

 


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