Adaptação de castas por variabilidade genética: o clone

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É possível combater os efeitos do clima como eventos extremos, a seca, o calor, a maturação precoce, a alteração da composição dos bagos, pestes e doenças através da modificação das castas. Diversas estratégias têm sido aplicadas por investigadores e actores da indústria do vinho, desde a criação de variedades (variedades de uva híbridas, por exemplo) à importação de variedades provenientes de regiões do sul.

Em particular, é possível explorar a variabilidade genética que existe dentro da mesma casta. Estamos a falar de diferentes clones (resultantes de estacas sucessivas) alguns dos quais podem, por exemplo, ser um pouco mais tardios ou produzir maior acidez, embora mantendo as mesmas características gerais aromáticas e agronómicas. Por exemplo, esta opção é bastante seguida na Borgonha com a casta Pinot Noir, a principal casta para os vinhos tintos da denominação, que possui muitos clones.

 

No entanto é necessário ter em conta que, sendo a variabilidade genética limitada entre clones da mesma casta, as margens para adaptação são bastante pequenas e provavelmente insuficiente por si só para uma verdadeira adaptação aos desafios introduzidos pelas alterações climáticas.


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